O caso, que resultou na morte de três pessoas, continua a captar a atenção pública pela sua brutalidade e pelo impacto profundo nas famílias das vítimas.

Durante as sessões no Campus de Justiça, foram ouvidos testemunhos de sobreviventes e familiares que recordaram o horror do ataque. Um homem que estava no local relatou ter ouvido três tiros e fugido, encontrando depois as três vítimas no chão.

A mãe de uma das vítimas, uma jovem que se acreditava estar grávida na altura, quebrou o silêncio, expressando a sua dor e afirmando que "o mundo para mim já não tem sentido". Numa reviravolta surpreendente, foi revelado em tribunal que esta vítima não estava grávida.

O Instituto de Medicina Legal (IML) terá confundido um dispositivo intrauterino (DIU) com um feto, uma informação que corrige um dos detalhes mais chocantes inicialmente divulgados sobre o crime. Outro testemunho crucial foi o de um jovem que conseguiu escapar ao homicida, fugindo de um autocarro. O julgamento prossegue para apurar todas as responsabilidades do arguido, Fábio Ferreira, num caso que, segundo a mãe de uma das vítimas, mostra como "só uma pessoa estragou a vida de muitas".