O ato de vandalismo foi descoberto por um sacristão e rapidamente se tornou notícia nacional devido à sua gravidade.
Pelo menos quatro jazigos foram arrombados e, segundo os relatos, onze cadáveres foram profanados, com alguns corpos a serem encontrados desmembrados.
A principal linha de investigação da Guarda Nacional Republicana (GNR) aponta para o furto de metais, como chumbo dos caixões, ou de joias que pudessem estar junto aos corpos. Os restos mortais foram transportados para o Instituto de Medicina Legal para serem submetidos a perícias.
A reação da comunidade e das autoridades eclesiásticas foi imediata e veemente.
O cardeal Américo Aguiar, bispo de Setúbal, deslocou-se ao local, descrevendo o que viu como um cenário de um "filme de terror" e expressando a sua "emoção, impotência e verdadeira consternação".
Numa nota oficial, afirmou que "um ato desta gravidade atinge a dignidade intrínseca da pessoa humana, fere a memória dos que já partiram e causa sofrimento acrescido às famílias”.
Este evento transcende o crime de furto, representando uma profunda violação do espaço sagrado do luto e da memória, o que explica a forte reação pública e a extensa cobertura mediática.













