Portugal enfrenta um aumento preocupante da mortalidade, associado a uma subida de infeções respiratórias graves. Dados oficiais indicam um excesso de óbitos no início de dezembro, levantando alertas sobre a vulnerabilidade da população e a capacidade de resposta do sistema de saúde. Diversos artigos noticiam um agravamento do quadro epidemiológico em Portugal, com o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) a confirmar um excesso de mortalidade e uma tendência crescente da atividade gripal. Entre 1 e 10 de dezembro, registaram-se quase mais 600 mortes em comparação com o mesmo período do ano anterior, o que representa um aumento de 20%. Este fenómeno está a ser associado ao aumento de infeções respiratórias agudas graves (SARI), que afetam sobretudo a população com mais de 65 anos. Na primeira semana de dezembro, foram admitidos 97 casos de SARI nas Unidades Locais de Saúde (ULS) que reportam dados para a vigilância epidemiológica.
A situação é particularmente grave na região Norte, onde se verificou um excesso de mortalidade em pessoas com idades entre os 75 e os 84 anos.
Fontes médicas alertam que o país está a "perder uma fração dos mais vulneráveis", evidenciando o impacto severo da atual vaga de doenças respiratórias na população mais idosa e frágil.
Este cenário coloca uma pressão adicional sobre o Serviço Nacional de Saúde, que já enfrenta dificuldades estruturais, como longos tempos de espera nas urgências. A confirmação do excesso de mortalidade pelo INSA sublinha a urgência de uma resposta coordenada das autoridades de saúde para mitigar o impacto da época gripal, reforçando a vigilância e as medidas de prevenção junto dos grupos de maior risco.
Em resumoA subida acentuada da mortalidade em Portugal, impulsionada pelo aumento de infeções respiratórias graves, especialmente na população idosa e na região Norte, constitui um sério alerta de saúde pública. Os dados do INSA confirmam um excesso de óbitos no início de dezembro, evidenciando a necessidade de medidas urgentes para proteger os mais vulneráveis e reforçar a capacidade do Serviço Nacional de Saúde.