Portugal registou um aumento significativo no número de mortes no início de dezembro, com dados a apontar para um excesso de mortalidade em comparação com anos anteriores. Este fenómeno coincide com uma subida acentuada de infeções respiratórias graves, levantando preocupações sobre a pressão no Serviço Nacional de Saúde. De acordo com os dados divulgados, entre 1 e 10 de dezembro, morreram quase mais 600 pessoas do que no mesmo período de 2024, e a mortalidade geral foi cerca de 20% superior à do ano passado. O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) já admite a existência de um excesso de mortalidade, um indicador preocupante para a saúde pública.
A análise revela uma forte correlação entre este aumento e a crescente atividade gripal, que já é considerada epidémica.
Na primeira semana de dezembro, foram admitidos 97 casos de infeção respiratória aguda grave (SARI) nas unidades de saúde, com a tendência a ser crescente.
A população mais idosa, especialmente acima dos 65 anos, é a mais afetada. Geograficamente, a região Norte tem sido a mais atingida, registando um excesso de mortalidade específico no grupo etário dos 75 aos 84 anos. Médicos alertam que o país está a "perder uma fração dos mais vulneráveis", sublinhando a necessidade de reforçar as medidas de prevenção, como a vacinação, e a capacidade de resposta dos serviços de saúde, que já enfrentam longos tempos de espera nas urgências.
Em resumoPortugal enfrenta um excesso de mortalidade no início de dezembro, impulsionado por um surto de infeções respiratórias graves, como a gripe. A situação afeta desproporcionalmente a população idosa e a região Norte, evidenciando a vulnerabilidade do sistema de saúde perante picos de doenças sazonais.