O suspeito, que esteve desaparecido durante duas semanas após o crime, aguarda julgamento em prisão preventiva. O crime ocorreu em maio, e o arguido foi detido após um período em fuga, o que adensou as suspeitas sobre a sua culpabilidade.

A acusação de homicídio qualificado sugere que o Ministério Público considera existirem circunstâncias que agravam a culpa do agente, como a premeditação, o motivo fútil ou a especial vulnerabilidade da vítima. Este caso insere-se na grave problemática da violência doméstica e do femicídio em Portugal, um fenómeno que continua a vitimar dezenas de mulheres todos os anos. A relação anterior entre a vítima e o agressor é um padrão comum neste tipo de crime, que muitas vezes ocorre no contexto de uma separação ou do fim de um relacionamento.

A prisão preventiva do arguido foi decretada para evitar o perigo de fuga e a perturbação da ordem pública. O julgamento será crucial para apurar em detalhe as circunstâncias da morte de Conceição Figueiredo e para aplicar a justiça. Casos como este reforçam a necessidade de políticas públicas mais eficazes na proteção das vítimas de violência doméstica e na prevenção do crime, bem como de uma resposta judicial firme e célere para punir os agressores.