O caso destaca a vulnerabilidade e as complexas relações humanas que podem culminar em tragédia, mesmo em meios académicos de elite.

A morte de Nuno Loureiro, diretor de um laboratório no Massachusetts Institute of Technology (MIT), ocorreu à porta da sua casa e foi presenciada pela sua filha, que se tornou a principal testemunha. A investigação rapidamente ligou o crime a um tiroteio na Universidade de Brown e identificou Cláudio Neves Valente, também português e antigo colega de Loureiro no Instituto Superior Técnico, como o principal suspeito.

Valente foi encontrado morto num armazém de uma fábrica desativada, tendo-se suicidado.

A complexidade do caso suscitou reações de especialistas, como a psicóloga Catarina Lucas, que afirmou: «Esta sensação de proximidade, familiaridade, [por] serem portugueses, parece que nos aproxima desta realidade».

A investigação, que agora conta com a colaboração da Polícia Judiciária em Portugal, procura desvendar as “ligações que existiam entre ambos em Portugal”. Henrique Machado, editor da CNN Portugal, sugere que a origem do conflito pode ser “muito antiga”, remontando ao tempo em que ambos coincidiram no Técnico.

Esta colaboração internacional visa perceber “se este caso não tem outras ramificações e se é qualquer coisa que se extinguiu com a morte deste suspeito”.

O caso levanta ainda questões sobre a saúde mental, com um ex-colega de Valente a declarar que “a única explicação que consigo dar é um problema de saúde mental”.