Quando a GNR chegou ao local, o homem já tinha assassinado o menor com uma arma branca e, em seguida, provocou uma explosão, que lhe causou a morte e feriu um militar da GNR. A investigação da Polícia Judiciária revelou que o suspeito já tinha cumprido pena de prisão por um homicídio anterior e que a família estava sinalizada por violência doméstica. O presidente da junta de freguesia de Casais, Vítor Manuel dos Santos, confirmou que “havia vários episódios e, desta vez, correu muito mal”, acrescentando que as cenas de violência eram recorrentes e do conhecimento das autoridades. Vizinhos relataram à comunicação social que as discussões eram frequentes e descreveram o estado da mulher no momento da fuga como “assustada e muito maltratada”.

O caso gerou um debate sobre a resposta do sistema a estes crimes, com o comentador Gustavo Silva a afirmar na CNN Portugal que “ainda estamos muito atrasados a lidar com a violência doméstica.

Temos de quebrar com este tabu”. A morte da criança, que se soma às mais de 20 vítimas mortais de violência doméstica registadas só este ano, sublinha a urgência de medidas mais eficazes para proteger as vítimas em situações de perigo já identificadas.