Relatos provenientes do território indicam que a situação é particularmente grave para os mais vulneráveis. O diretor do hospital Al-Shifa, Mohammed Abu Salmiya, afirmou que 21 crianças morreram de fome e subnutrição nas últimas 72 horas, elevando o número total de mortes por esta causa para 101, das quais 80 são crianças. A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) alertou para "níveis históricos" de subnutrição aguda, afetando principalmente crianças e grávidas. O Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) corroborou a gravidade da situação, revelando que quase 5.000 das 56.000 crianças com menos de 5 anos observadas em Deir al-Bala e Khan Yunis estavam "gravemente subnutridas". A crise é atribuída por várias ONGs ao bloqueio imposto por Israel, que limita a entrada de bens essenciais. A distribuição de ajuda, controlada por Israel e pelos EUA através da Fundação Humanitária para Gaza, é considerada insuficiente e perigosa, com relatos de mais de mil civis mortos enquanto tentavam obter comida. Líderes europeus, como António Costa e Ursula von der Leyen, classificaram a situação como "intolerável", ecoando o desespero no terreno.
