Deir al-Balah era considerada uma das últimas zonas relativamente seguras no enclave, albergando não só uma densa população local, mas também inúmeras organizações humanitárias, abrigos e infraestruturas críticas. A ordem de evacuação israelita forçou milhares de famílias a fugir novamente, dirigindo-se para áreas já sobrelotadas como Mawasi, no sul, onde as condições são extremamente precárias. Testemunhas relataram intensos disparos de artilharia, e ataques aéreos já causaram vítimas mortais na cidade. O Alto-Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, expressou profunda preocupação, afirmando: "Parecia que o pesadelo não podia piorar, e, no entanto, agravou-se". Türk lembrou a Israel que o deslocamento permanente de populações sob ocupação constitui um crime de guerra e, em certas circunstâncias, um crime contra a humanidade. A expansão da ofensiva para esta área central não só aumenta o sofrimento dos civis, como também compromete ainda mais a capacidade das agências humanitárias de prestar auxílio, uma vez que as suas próprias instalações se encontram agora na linha de fogo.
