Num comunicado conjunto, vários meios de comunicação internacionais expressaram a sua "preocupação desesperada" com os jornalistas no enclave, que estão "cada vez mais incapazes de conseguir alimentos para si próprios e para as suas famílias". A Sociedade dos Jornalistas (SDJ) da AFP foi particularmente contundente, afirmando que os seus colegas correm o risco de morrer à fome se não houver uma "intervenção urgente". O sindicato recordou que, desde a sua fundação em 1944, nunca viu um trabalhador da agência morrer de fome, algo que agora considera uma possibilidade real. Um jornalista da AFP em Gaza partilhou uma mensagem onde se lia: "Já não tenho força para trabalhar". Os pedidos de ajuda dos profissionais no terreno são descritos como "dilacerantes" e "diários". A direção da AFP partilhou a "angústia" do sindicato, descrevendo a situação como "insustentável". Estes relatos sublinham as condições extremas sob as quais os últimos repórteres em Gaza tentam continuar a ser "os olhos e os ouvidos do mundo", enquanto lutam pela sua própria sobrevivência.
