Numa reunião no Knesset, líderes extremistas e defensores de colonatos judaicos debateram uma visão para o pós-guerra em Gaza que passa pela sua completa reconfiguração demográfica e urbanística. O plano, que ecoa uma sugestão do presidente norte-americano Donald Trump, prevê a construção de casas para 1,2 milhões de judeus, juntamente com o desenvolvimento de zonas industriais e agrícolas. Esta proposta ignora completamente o destino dos mais de dois milhões de palestinianos que atualmente residem no território, sugerindo a sua deslocação forçada como premissa para a concretização do projeto. A apresentação pública desta visão por membros do governo israelita gerou alarme, sendo vista como uma confirmação das intenções de anexação e colonização do território. Críticos apontam que tais planos não só violam o direito internacional, como também alimentam o ciclo de violência, ao promoverem uma solução baseada na exclusão e na expropriação da população nativa, tornando qualquer perspetiva de paz e coexistência ainda mais remota.
