O primeiro-ministro, Luís Montenegro, já tinha indicado que o reconhecimento português estaria dependente de um conjunto de condições, como a capacitação da Autoridade Palestiniana e o desarmamento do Hamas. Rangel reforçou esta posição, afirmando que a política externa de Portugal "não é definida por outros estados", numa referência ao anúncio francês. A posição do governo é criticada por figuras como o candidato presidencial Luís Marques Mendes, que defende ser "tempo de a UE, em conjunto, reconhecer o Estado da Palestina" e que o silêncio do Ocidente sobre Gaza é "inaceitável". O comentador Tiago André Lopes também questionou a inação de Portugal, notando que os seus "parceiros diplomáticos essenciais", como Espanha, França, Reino Unido e Alemanha, já assumiram posições claras. A participação na conferência de Nova Iorque, onde se espera que os países árabes condenem o Hamas, será um momento decisivo para a diplomacia portuguesa definir o seu rumo nesta matéria.
