A França e a Arábia Saudita organizaram uma conferência na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, com a presença de representantes de 125 países, para relançar a solução de dois Estados. Contudo, a iniciativa foi boicotada por Israel e pelos Estados Unidos, que a classificaram como um “golpe publicitário” e uma “manobra imprudente que irá fortalecer ainda mais o Hamas”. Durante o evento, o Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou que a França reconhecerá formalmente o Estado da Palestina em setembro, durante a Assembleia-Geral da ONU, tornando-se o primeiro país do G7 a fazê-lo. O ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Noël Barrot, declarou que “não há alternativa” à solução de dois Estados para satisfazer as “aspirações legítimas de israelitas e palestinianos”. A decisão francesa foi saudada pelo Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, e por líderes árabes como os do Egito e da Jordânia, que apelaram a outros países para seguirem o exemplo. Em contrapartida, o Presidente dos EUA, Donald Trump, desvalorizou o anúncio, afirmando que “o que Macron diz importa pouco”. O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, também apelou à solução de dois Estados, condenando as “ações unilaterais” de Israel, como a “anexação progressiva da Cisjordânia”, que considerou “ilegal”.
