Israel enfrenta crescente isolamento diplomático na Europa

Os Países Baixos declararam os ministros israelitas da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, e das Finanças, Bezalel Smotrich, como ‘persona non grata’, acusando-os de incitar à violência dos colonos e de apelar à “limpeza étnica” em Gaza. A Suécia, por sua vez, exigiu que a União Europeia suspenda a componente comercial do acordo de associação com Israel, como forma de pressão económica para que o governo israelita permita a entrada de ajuda humanitária em Gaza. Estes movimentos são acompanhados por avisos de outras potências europeias.

O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Johann Wadephul, alertou que Israel está “cada vez mais numa posição minoritária” diplomaticamente, citando a conferência da ONU em que muitos países apelaram ao reconhecimento do Estado palestiniano.

Também a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, transmitiu a Benjamin Netanyahu que a situação em Gaza se tornou “insustentável e injustificável”.

Estas ações refletem uma mudança na postura de alguns dos mais firmes apoiantes de Israel na Europa, que agora criticam abertamente as suas políticas.

O ministro israelita Gideon Saar reagiu, afirmando que “não haverá um Estado palestiniano” e que a pressão internacional “não deve recair sobre Israel, mas sobre o Hamas”.