ONU promove conferência sobre solução de dois Estados, boicotada por Israel e EUA
As Nações Unidas acolheram uma conferência de alto nível em Nova Iorque com o objetivo de relançar a solução de dois Estados para o conflito israelo-palestiniano. O evento, promovido pela França e pela Arábia Saudita, terminou com uma declaração de “apoio inabalável” a esta solução, mas foi marcado pela ausência de dois atores cruciais: Israel e os Estados Unidos, que boicotaram a reunião. A conferência resultou na “Declaração de Nova Iorque”, que estabelece um plano por fases para culminar numa Palestina independente e desmilitarizada ao lado de Israel.
O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, voltou a apelar à implementação desta solução, questionando: “Qual é a alternativa?”.
A iniciativa foi o catalisador para uma onda de anúncios de reconhecimento do Estado da Palestina por parte de vários países, incluindo Portugal, que subscreveu uma declaração conjunta com outras 14 nações.
O ministro português dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, considerou a conferência um “ponto de viragem”.
No entanto, o boicote por parte de Israel e dos EUA, que classificaram a conferência como uma “manobra imprudente que irá fortalecer ainda mais o Hamas”, evidencia as profundas divisões que continuam a impedir um consenso internacional sobre o caminho a seguir para a paz na região.
Em resumoA conferência da ONU reafirmou o apoio internacional à solução de dois Estados e impulsionou uma vaga de reconhecimentos da Palestina. Contudo, o boicote de Israel e dos EUA demonstra que os principais obstáculos a uma resolução pacífica do conflito permanecem intactos.
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