A UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) tem emitido alertas severos, descrevendo a mortalidade infantil como algo que ocorre a um "ritmo sem precedentes".
De acordo com os relatórios, pelo menos 92 menores já morreram de fome, e o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, regista diariamente novas vítimas de desnutrição, elevando o número total de mortos por esta causa para 162. A agência da ONU adverte que a situação é ainda mais grave, com cerca de 320 mil crianças em risco de subnutrição aguda. Ted Chaiban, diretor executivo adjunto da UNICEF, pintou um quadro desolador da realidade no terreno, afirmando que "uma em cada três pessoas em Gaza passa dias sem comer e o indicador de desnutrição superou o liminar, com uma desnutrição aguda global que supera os 16,5% na cidade de Gaza". A combinação da falta de água potável com as altas temperaturas cria um "risco iminente" de surtos de doenças, agravando ainda mais a condição já debilitada das crianças. A gravidade da crise levou a fortes condenações internacionais, com o arcebispo de Braga, D. José Cordeiro, a classificar a situação como um "pecado contra a humanidade", ecoando o sentimento de que se assiste a uma catástrofe humanitária de enormes proporções.