Num dos incidentes reportados, pelo menos 18 pessoas foram mortas, oito das quais procuravam alimentos.
Noutro ataque, mais de 20 palestinianos terão sido mortos nas mesmas circunstâncias.
A ONU confirmou a gravidade da situação, afirmando que, desde o final de maio, 1.373 palestinianos morreram ao tentar obter ajuda, a maioria devido a disparos do Exército israelita.
A Human Rights Watch (HRW) foi ainda mais contundente nas suas acusações, descrevendo o sistema de distribuição de ajuda, gerido por Israel e pelos EUA, como uma "armadilha mortal". A organização acusa Israel de cometer "crimes de guerra", afirmando que as forças israelitas "não só matam deliberadamente à fome os civis palestinianos em Gaza, como também disparam quase diariamente contra aqueles que procuram desesperadamente comida para as suas famílias". Segundo a HRW, o sistema militarizado de entrega de ajuda "transformou as operações de distribuição em banhos de sangue".
Estes eventos sublinham a extrema vulnerabilidade da população civil e levantam sérias questões sobre o cumprimento do direito internacional humanitário no conflito.