A visita, a primeira desde o início da guerra, foi duramente criticada pelo Hamas, que acusa Washington de cumplicidade no "genocídio". Steve Witkoff, enviado especial do Presidente Donald Trump para o Médio Oriente, realizou uma visita de cinco horas à Faixa de Gaza, um movimento diplomático significativo por ser o primeiro de um oficial norte-americano desta patente desde o início do conflito. O objetivo principal, segundo Witkoff, foi "proporcionar ao Presidente Donald Trump uma compreensão clara da situação humanitária e desenvolver um plano para entregar alimentos e ajuda médica aos residentes de Gaza". Durante a sua estadia, visitou um centro de distribuição de ajuda gerido pela Fundação Humanitária de Gaza (FHG), uma entidade controlada por Israel e pelos EUA, que tem sido alvo de críticas por parte de organizações humanitárias. A visita não se limitou a Gaza; em Telavive, Witkoff encontrou-se com familiares dos reféns israelitas, num gesto de solidariedade para com as suas exigências de libertação.
No entanto, a iniciativa foi recebida com hostilidade pelo Hamas.
O grupo acusou o enviado de tentar "embelezar a ocupação" e afirmou que a Casa Branca "é cúmplice direta no crime de fome e genocídio que decorre à vista do mundo todo".
Esta reação evidencia a profunda desconfiança do Hamas em relação ao papel dos EUA como mediador, considerando-os parte integrante do conflito ao lado de Israel.