As imagens chocaram Israel e intensificaram a pressão sobre o governo para negociar a sua libertação. O Hamas e a Jihad Islâmica Palestiniana lançaram novos vídeos de propaganda mostrando reféns israelitas em condições físicas alarmantes, o que foi interpretado como uma tentativa de aumentar a pressão sobre a sociedade e o governo de Israel. Num dos vídeos, divulgado pelo Hamas, o refém Evyatar David, de 24 anos, aparece extremamente magro num túnel apertado, com a legenda "Eles comem o que nós comemos", numa clara alusão à crise de fome em Gaza.
As imagens alternam entre o refém e crianças palestinianas subnutridas, procurando traçar um paralelo direto entre o sofrimento de ambos os lados.
Outro vídeo, da Jihad Islâmica, mostra o refém Rom Braslavski, de 21 anos, também visivelmente debilitado.
A divulgação destas imagens em rápida sucessão provocou uma forte comoção em Israel, reacendendo o debate sobre a urgência de se alcançar um acordo para a libertação dos 49 reféns que ainda se encontram em cativeiro.
As famílias dos reféns, que já protestavam ativamente, viram a sua angústia amplificada, acusando o governo de inação. A publicação dos vídeos é vista como uma ferramenta de pressão psicológica em momentos críticos das negociações de cessar-fogo, que se encontram atualmente paralisadas.