Esta posição firme sublinha a complexidade das negociações para um cessar-fogo duradouro e a libertação dos reféns.
Numa declaração de princípios que define a sua visão para o fim do conflito, o Hamas estabeleceu como condição não negociável a criação de um Estado palestiniano soberano, com Jerusalém como sua capital.
O grupo afirmou que "a luta violenta irá continuar", descrevendo-a como "um direito consagrado em cartas e normas internacionais".
Esta posição foi reiterada num momento de impasse nas negociações de cessar-fogo, onde os Estados Unidos e Israel acusam o Hamas de negociar de má-fé. A exigência de um Estado com capital em Jerusalém é um dos pontos mais sensíveis e historicamente complexos do conflito israelo-palestiniano, tornando um acordo ainda mais difícil de alcançar. A insistência do Hamas nesta condição demonstra que os seus objetivos transcendem um simples cessar-fogo, visando uma resolução política de longo prazo que satisfaça as suas aspirações nacionais.
Esta postura rígida condiciona qualquer avanço nas conversações, pois entra em conflito direto com as posições de Israel, que também reivindica Jerusalém como sua capital indivisível.
A declaração do Hamas serve, assim, como um lembrete de que, para o grupo, o fim das hostilidades está intrinsecamente ligado à concretização de um projeto político que considera irrenunciável.