Centenas de manifestantes, muitos vestidos de preto e segurando fotografias dos seus entes queridos, ergueram um campo de protesto com arame farpado para simbolizar a sua angústia. As acusações dirigidas ao governo de Benjamin Netanyahu são severas: as famílias afirmam que os reféns estão a ser mantidos presos não só pelo Hamas, mas também pelo próprio governo israelita, em nome da "sobrevivência política" e para satisfazer a sua base de apoio de extrema-direita.
A dor é palpável nas suas declarações, com um familiar a afirmar que "os judeus estão a ficar pele e osso... Estão a morrer, é um Holocausto".
A recente divulgação de vídeos de reféns em estado de emaciação veio intensificar estes sentimentos, aumentando a pressão pública para que se chegue a um acordo de libertação. A visita do enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, que se reuniu com os familiares, foi um dos poucos momentos de atenção internacional direta ao seu sofrimento, mas a sua luta continua a ser, acima de tudo, uma batalha interna contra o que consideram ser a inação do seu próprio governo.