Catástrofe Humanitária em Gaza: Fome Usada como Arma de Guerra
A situação humanitária na Faixa de Gaza atingiu níveis catastróficos, com a fome a ser utilizada como uma arma de guerra, resultando num número crescente de mortes por desnutrição. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, cinco adultos morreram de fome e desnutrição num único domingo, elevando o total de vítimas da fome para pelo menos 180, incluindo mais de 90 crianças. A ONU declarou que mais de 2,1 milhões de pessoas enfrentam uma "situação de fome catastrófica", e uma comissão especial acusou Israel de genocídio e de usar a fome como tática de guerra. A crise é agravada pela violência contínua em torno dos pontos de distribuição de ajuda.
Relatos indicam que as forças israelitas abriram "fogo indiscriminado" sobre multidões que aguardavam alimentos, resultando na morte de pelo menos 23 palestinianos num só dia.
Entre maio e julho, a ONU registou 859 mortes perto de centros da Fundação Humanitária de Gaza (GHF), uma entidade apoiada por Israel e pelos EUA. Israel nega as acusações de uso da fome, culpando o Hamas pelo desvio de ajuda e afirmando que os seus soldados apenas disparam tiros de aviso. A UNICEF, por sua vez, denuncia que "as crianças estão a morrer a um ritmo sem precedentes", com 320 mil menores em risco de subnutrição aguda. A escassez de água e as altas temperaturas aumentam o "risco iminente" de surtos de doenças, completando um cenário de desastre humanitário generalizado.
Em resumoA fome e a violência em torno da distribuição de ajuda exacerbam a crise humanitária em Gaza, com um número alarmante de mortes por desnutrição, especialmente entre crianças. Enquanto Israel e o Hamas trocam acusações, a população civil enfrenta uma catástrofe que organizações internacionais já classificam como crime de guerra, com consequências devastadoras e duradouras.
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