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Mundo August 6, 2025

Plano de Ocupação Total de Gaza Gera Profundas Divisões em Israel

A intenção do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de ordenar uma ocupação militar total da Faixa de Gaza gerou uma crise interna em Israel, expondo uma fratura profunda entre o governo e as chefias militares. A medida, que prevê a expansão das operações para zonas onde se teme a presença de reféns, enfrenta a oposição do chefe do Estado-Maior do Exército, Eyal Zamir, e adiou uma reunião crucial do gabinete de segurança. Segundo a imprensa israelita, o plano de Netanyahu para o controlo militar total do enclave foi recebido com forte resistência por parte de Zamir, que alertou para os riscos elevados tanto para os soldados como para os cerca de 50 reféns que ainda se encontram em cativeiro. A oposição do líder militar é partilhada por outras figuras do setor da defesa, que consideram a estratégia perigosa e com poucas garantias de sucesso a longo prazo, temendo que as milícias palestinianas executem os reféns perante o avanço das tropas. Esta divergência levou ao adiamento de uma reunião do gabinete de segurança que deveria ter ocorrido na segunda-feira.

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A tensão entre o poder político e militar é evidente, com fontes do governo a afirmarem que se Zamir não concordar com o plano, “deverá demitir-se”.

Em contrapartida, o ministro da Defesa, Israel Katz, assegurou que, assim que as decisões políticas forem tomadas, “a liderança militar implementará profissionalmente a política determinada”. O ministro dos Negócios Estrangeiros, Gideon Saar, manifestou apoio a Zamir, defendendo nas redes sociais que “o chefe do Estado-Maior deve expressar a sua opinião profissional de forma clara e inequívoca à liderança política”.

Esta crise interna reflete a crescente pressão sobre Netanyahu, que procura uma vitória decisiva enquanto enfrenta divisões que podem comprometer a coesão do esforço de guerra.

ai briefingEm resumo
O plano de Netanyahu para uma ocupação total de Gaza revela um governo israelita em conflito, com as chefias militares a contestarem uma estratégia de alto risco. Esta divisão interna, juntamente com a crescente pressão internacional, coloca o futuro da ofensiva e a segurança dos reféns numa encruzilhada decisiva.

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