As imagens de Evyatar David e Rom Braslavski, visivelmente debilitados, geraram indignação global e aumentaram a pressão interna em Israel para garantir a sua libertação.
Os vídeos, descritos como “horríveis” e “aterradores”, mostram os jovens emagrecidos, com um deles, Evyatar David, a afirmar que está a “cavar a própria sepultura”.
As imagens são intercaladas com as de crianças palestinianas subnutridas, sob a legenda “Eles comem o que nós comemos”, numa tentativa clara de ligar o destino dos reféns à crise humanitária em Gaza.
A reação internacional foi imediata e veemente.
O presidente francês, Emmanuel Macron, denunciou a “crueldade abjeta” do Hamas, enquanto o presidente dos EUA, Donald Trump, descreveu o vídeo como “horrível”.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou-se “chocado” e comparou as ações do Hamas aos “crimes nazis”.
Em resposta, Israel solicitou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU para debater a situação. O Hamas, por sua vez, condicionou o acesso da Cruz Vermelha aos reféns à abertura de “corredores humanitários permanentes” para a entrada de ajuda em todo o enclave. Esta estratégia de manipulação do sofrimento, qualificada por Portugal como “terrorismo extremo”, coloca os reféns no centro de um impasse negocial, transformando a sua sobrevivência numa moeda de troca direta pela ajuda à população palestiniana.