O presidente norte-americano remeteu para o governo israelita a decisão sobre uma eventual ocupação total do enclave, ao mesmo tempo que destacou os esforços dos EUA para aliviar o sofrimento da população palestiniana.
Questionado sobre o plano de ocupação militar total de Gaza, Trump afirmou: “Não posso realmente dizer nada [sobre o plano].
Isso dependerá em grande parte de Israel”.
Esta declaração demarca uma linha de não-interferência na estratégia militar israelita, colocando a responsabilidade da decisão diretamente em Benjamin Netanyahu.
No entanto, o presidente norte-americano sublinhou que o seu foco principal está na situação humanitária. “Os Estados Unidos doaram recentemente 60 milhões de dólares para fornecer alimentos ao povo de Gaza, que obviamente não está a atravessar um bom momento em termos alimentares”, afirmou Trump num evento na Casa Branca, assegurando que tanto Israel como os países árabes “vão ajudar” na distribuição. Perante as imagens chocantes dos reféns divulgadas pelo Hamas, Trump descreveu o vídeo de Evyatar David como “horrível” e expressou o desejo de que fosse amplamente visto.
A posição dos EUA reflete um equilíbrio delicado: por um lado, o apoio inabalável ao seu principal aliado no Médio Oriente e, por outro, a necessidade de responder à pressão internacional e à catástrofe humanitária, evitando o termo “genocídio” para descrever a situação.