Esta decisão reflete a crescente preocupação internacional com a potencial utilização deste equipamento em violações do direito humanitário.
O chanceler alemão, Friedrich Merz, anunciou que o seu governo não autorizará, "até nova ordem, as exportações de equipamento militar que possa ser utilizado na Faixa de Gaza". Merz afirmou ser "cada vez mais difícil compreender" como o plano militar israelita permitiria atingir os seus objetivos, como a libertação de reféns, e que uma "acção militar ainda mais dura" dificultaria as negociações.
A Alemanha, um dos principais aliados de Israel, sinaliza assim uma rutura significativa na sua política externa. De forma semelhante, o governo dos Países Baixos revogou três licenças para a exportação de peças de navios militares, citando o "risco de utilização final não intencional" em bombardeamentos em Gaza. O ministro dos Negócios Estrangeiros neerlandês, Caspar Veldkamp, explicou que a decisão se deveu ao "agravamento da situação na Faixa de Gaza". Esta ação surge após um tribunal neerlandês já ter proibido a exportação de componentes de caças F-35 para Israel, devido ao mesmo risco de violação dos direitos humanos.