Agravamento da Crise Humanitária e Fome em Gaza
A situação humanitária na Faixa de Gaza atingiu um nível catastrófico, com a fome a ser utilizada como "arma de guerra", segundo peritos da ONU. Relatos indicam a morte de quase 200 pessoas por subnutrição, enquanto o bloqueio israelita e a violência nos pontos de distribuição de alimentos agravam o sofrimento de mais de dois milhões de palestinianos. O Ministério da Saúde de Gaza revelou que pelo menos 198 pessoas, incluindo 96 crianças, morreram de fome e subnutrição nas últimas semanas. A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) denunciou a violência nos pontos de distribuição de alimentos geridos pela Fundação Humanitária de Gaza (FHG), controlada por Israel e pelos EUA, descrevendo-os como locais de "assassinatos orquestrados".
Num relatório, a MSF afirma que "as pessoas estão a ser abatidas como animais" enquanto procuram comida, e apela ao desmantelamento do programa da FHG. A ONU alertou que mais de 500.000 pessoas enfrentam a fome e que apenas 1,5% do terreno cultivável em Gaza permanece acessível. A ofensiva israelita, que já causou mais de 61.000 mortos, destruiu grande parte das infraestruturas e levou à deslocação de centenas de milhares de pessoas.
O psicólogo português Raúl Manarte, dos MSF, descreveu um cenário de "devastação total" e um futuro emocional imprevisível para as crianças sobreviventes, afirmando nunca ter observado nada tão violento.
A comunidade internacional, incluindo a UE, reconhece que a crise é "muito grave", apesar de algumas melhorias no acesso da ajuda humanitária.
Em resumoA crise humanitária em Gaza atingiu um ponto crítico, com a fome a causar um número crescente de mortes, especialmente entre crianças. Organizações humanitárias denunciam a violência sistemática e o bloqueio à ajuda, enquanto a destruição de terras agrícolas torna a autossuficiência impossível, configurando um cenário de catástrofe humanitária sem precedentes.
Artigos
5