A sua proposta prevê que a administração civil do enclave seja entregue a "forças árabes", excluindo explicitamente a Autoridade Nacional Palestiniana.
Em entrevistas a meios de comunicação internacionais, Netanyahu afirmou que Israel "não anexará a Faixa de Gaza" e que o seu objetivo não é "manter ou governar" o território. Em vez disso, pretende estabelecer um "perímetro de segurança" e entregar a governação civil a uma coligação de nações árabes.
Esta administração alternativa não incluiria nem o Hamas, que Israel visa destruir completamente, nem a Autoridade Nacional Palestiniana, que governa partes da Cisjordânia. Esta posição está formalizada nos cinco princípios para o fim da guerra aprovados pelo gabinete de segurança, que estipulam o "estabelecimento de uma 'administração civil alternativa' para o enclave".
Netanyahu reiterou que os objetivos primordiais da ofensiva permanecem a "destruição completa do Hamas e o regresso de todos os reféns". A sua proposta de uma administração árabe surge num contexto de relutância por parte dos países árabes em envolver-se na gestão de Gaza sem um caminho claro para a criação de um Estado palestiniano, algo que o governo de Netanyahu tem consistentemente rejeitado.