O comandante militar expressou publicamente a sua discordância, alertando para os perigos da operação, especialmente no que diz respeito à segurança dos reféns. Segundo vários artigos, Eyal Zamir opôs-se abertamente ao plano durante a reunião do gabinete de segurança, considerando que a entrada terrestre em zonas onde se acredita estarem os reféns "pode agravar o risco para a sua sobrevivência".
O chefe militar terá apresentado uma estratégia alternativa, focada no cerco a cidades e campos de refugiados, complementada por operações cirúrgicas.
A sua relutância é tal que chegou a sugerir que o regresso dos reféns fosse retirado dos objetivos de guerra, por o considerar incompatível com a ocupação total. Num comunicado oficial, Zamir garantiu que continuará a expressar a sua posição "sem medo, de forma pragmática, independente e com profissionalismo", sublinhando que as chefias militares lidam com "questões de vida ou de morte". Apesar da sua oposição, a maioria dos ministros considerou que o plano alternativo de Zamir "não garantiria a derrota do Hamas nem o regresso dos reféns".
O ministro da Defesa, Israel Katz, reforçou que as chefias militares devem "cumprir ordens", independentemente das suas reservas.