Esta decisão marca uma nova e controversa fase na ofensiva israelita e define cinco princípios para o fim do conflito.

O plano, aprovado pelo gabinete de segurança de Israel após uma reunião de dez horas, prevê a tomada de controlo da Cidade de Gaza, o que implicaria a deslocação forçada de quase um milhão de civis palestinianos para o sul do enclave.

Netanyahu defendeu a estratégia, afirmando que "o nosso objetivo não é ocupar Gaza. O nosso objetivo é libertar Gaza, libertá-la dos terroristas do Hamas".

O plano para o pós-guerra estabelece cinco condições: o desarmamento do Hamas, a libertação de todos os reféns, a desmilitarização de Gaza, o controlo absoluto da segurança por parte de Israel e o estabelecimento de "uma administração civil pacífica não israelita", que excluiria tanto o Hamas como a Autoridade Palestiniana.

Esta ofensiva, no entanto, enfrenta significativa oposição interna.

O chefe do Estado-Maior do exército israelita, Eyal Zamir, manifestou-se contra o plano, alertando que uma incursão terrestre em áreas onde se acredita estarem os reféns poderia colocá-los em perigo mortal.

Zamir terá proposto uma estratégia alternativa de cercar cidades e realizar incursões pontuais, que foi rejeitada.

A decisão de avançar reflete a influência de figuras da linha dura do governo, como o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, que afirmou ter exercido "pressão" sobre Netanyahu para a aprovação do plano de "conquista". A imprensa israelita avança que a operação começará pela Cidade de Gaza, com a deslocação dos seus habitantes até 7 de outubro de 2025, data que assinala o segundo aniversário dos ataques do Hamas.