A Autoridade Nacional Palestiniana (ANP) condenou veementemente o plano de Israel para ocupar a Cidade de Gaza, classificando-o como um "crime absoluto" e a continuação de uma "política de genocídio". A ANP reafirmou-se como a única força política legítima para governar o enclave após o conflito, rejeitando a proposta israelita de uma administração alternativa. Num comunicado, o governo palestiniano da Cisjordânia denunciou que o plano de ocupação e deslocação forçada de 800.000 pessoas "representa a continuação da política de genocídio, de assassínios sistemáticos, de fome e de cerco, e uma violação flagrante do direito humanitário e das resoluções de legitimidade internacional". Em resposta, a ANP iniciou "contactos urgentes com os organismos internacionais competentes", incluindo o Conselho de Segurança da ONU e a Liga dos Estados Árabes, para solicitar "medidas urgentes e vinculativas para pôr termo a estes crimes".
O primeiro-ministro palestiniano, Mohammad Mustafa, declarou que, apesar do cenário sombrio, "Gaza será reconstruída e a Palestina ergue-se".
A ANP posicionou-se como a única entidade capaz de assumir a governação e a segurança na Faixa de Gaza, afirmando que esta é a única via para garantir a estabilidade. Esta posição entra em confronto direto com um dos cinco princípios do plano de Netanyahu, que prevê o estabelecimento de uma "administração civil alternativa que não seja nem o Hamas nem a Autoridade Palestiniana", evidenciando a ausência de um caminho consensual para o futuro da governação de Gaza.
Em resumoA Autoridade Palestiniana condenou o plano de ocupação de Israel como um "crime absoluto" e a continuação de um "genocídio". Apelou a uma intervenção internacional e posicionou-se como a única entidade legítima para governar Gaza no pós-guerra, rejeitando frontalmente a proposta israelita.