O ataque de precisão, ocorrido no domingo, dia 10 de agosto, atingiu a tenda que os jornalistas ocupavam junto ao hospital Al Shifa.

Entre as vítimas mortais estão Anas Al-Sharif e Mohamed Qreiqeh, da Al Jazeera, e os fotojornalistas Ibrahim Zaher, Moamen Aliwa, Mohamed Noufal e Mohammad Al-Khaldi.

O exército israelita admitiu a autoria e acusou Anas al-Sharif de ser "o líder de uma célula terrorista do Hamas", alegando que planeava ataques contra civis e tropas israelitas.

Como prova, apresentou documentos cuja autenticidade não pôde ser verificada.

A Al Jazeera e organizações de defesa da liberdade de imprensa negaram as acusações, classificando-as como uma tática para justificar o ataque. A Organização de Cooperação Islâmica (OIC) condenou o que chamou de "crime hediondo", afirmando que este se insere "numa série de violações sistemáticas cometidas por Israel (...) contra os meios de comunicação social". A União Europeia também condenou o assassínio, questionando a justificação israelita e sublinhando que "é necessário fornecer provas claras, respeitando o Estado de direito, para evitar que os jornalistas sejam visados".

O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, pediu uma "investigação independente e imparcial" sobre as mortes, lembrando que os jornalistas devem ser protegidos.

De acordo com o Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), pelo menos 186 jornalistas foram mortos em Gaza desde o início da ofensiva, enquanto o governo de Gaza eleva esse número para 238.