A pressão internacional sobre Israel intensifica-se com apelos robustos da Liga Árabe e de mais de 100 antigos eurodeputados. Ambos os grupos exigem medidas concretas, como a proibição da venda de armas a Israel e a suspensão do acordo de associação entre a União Europeia e o Estado hebraico, acusando-o de cometer crimes de guerra. A Liga Árabe, numa sessão extraordinária no Cairo, instou a comunidade internacional a proibir a exportação e o trânsito de armas e equipamento militar para Israel, a rever as relações económicas e a abrir processos judiciais contra as autoridades israelitas por crimes de guerra. A organização pan-árabe condenou os planos de Israel de impor controlo militar total sobre Gaza, classificando-os como uma tentativa de "genocídio, deslocação e limpeza étnica".
O representante palestiniano na Liga Árabe, Muhannad al-Aklouk, afirmou que "Israel está a massacrar a humanidade em todo o mundo e a Palestina é a cena do crime".
Paralelamente, 110 antigos eurodeputados, incluindo o ex-alto representante Josep Borrell e quatro socialistas portugueses, enviaram uma carta à Comissão Europeia exigindo a suspensão do acordo de associação com Israel. Na carta, os signatários acusam Israel de violar "os direitos humanos fundamentais" e de usar a fome como "crime de guerra". Consideram que a suspensão da participação de empresas israelitas em programas de financiamento da UE é uma medida insuficiente, afirmando que qualquer decisão contrária à suspensão total do acordo é sinónimo de "cumplicidade com este crime de guerra".
Em resumoA Liga Árabe e mais de uma centena de ex-eurodeputados aumentaram a pressão sobre Israel, exigindo o fim da venda de armas e a suspensão do acordo de associação com a UE. As acusações de crimes de guerra, genocídio e violações dos direitos humanos fundamentam estes apelos, que visam responsabilizar Israel pelas suas ações na Faixa de Gaza e pressionar por um cessar-fogo.