Esta movimentação diplomática concertada visa reforçar a solução de dois Estados como o caminho viável para a paz, apesar da forte oposição de Israel e dos Estados Unidos. O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, justificou a decisão afirmando que “a solução de dois Estados é a melhor esperança da humanidade para quebrar o ciclo de violência no Médio Oriente”.
A Austrália junta-se a outros países como França, Canadá e Portugal, que também sinalizaram a intenção de avançar com o reconhecimento. Esta onda diplomática é vista como uma resposta à escalada da violência e à crise humanitária em Gaza, bem como aos planos de Israel de expandir os colonatos. O ministro das Finanças israelita, Bezalel Smotrich, reagiu ao movimento internacional de reconhecimento, afirmando que este justifica a construção de mais colonatos para garantir que “os líderes hipócritas da Europa não tenham nada para reconhecer”. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu classificou os planos de reconhecimento como “vergonhosos”.
A posição dos Estados Unidos permanece firmemente contra esta iniciativa.
O vice-presidente JD Vance declarou que Washington “não tem planos para reconhecer o Estado da Palestina”, argumentando a “falta de um Governo funcional” e reiterando que a prioridade é “erradicar o Hamas”.
Esta divergência de posições evidencia uma crescente fratura entre os EUA e alguns dos seus aliados ocidentais sobre a melhor forma de resolver o conflito israelo-palestiniano.














