A ofensiva, descrita como a "melhor forma de pôr fim à guerra", visa desmilitarizar o enclave e libertar os reféns restantes.

O plano, apresentado em detalhe, prevê que a guerra só termine após o cumprimento de cinco princípios, incluindo a desmilitarização de Gaza e o desarmamento do Hamas. Netanyahu afirmou que a ofensiva será lançada "muito em breve" e que a conquista da cidade "não visa ocupar Gaza" permanentemente, mas sim exercer o controlo de segurança.

No entanto, a estratégia enfrenta forte oposição interna.

O chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel (IDF), tenente-general Eyal Zamir, alertou que o plano de ocupação “arrastaria Israel para um buraco negro”, argumentando que os objetivos militares já foram atingidos. A comunidade internacional reagiu de forma veemente. O Brasil "deplora" o plano, o Japão rejeitou-o, e o Conselho de Segurança da ONU reuniu-se de emergência para discutir a questão. O embaixador palestiniano na ONU, Riyad Mansour, apelou ao Conselho para "travar o genocídio".

O plano para a população civil de Gaza inclui a sua deslocação forçada para uma "cidade humanitária" no sul, uma ideia que o ex-primeiro-ministro Ehud Olmert comparou a um "campo de concentração".

Analistas questionam a viabilidade militar da operação, apontando que Israel não tem efetivos suficientes para a estratégia de "limpar, manter e construir" em toda a faixa, e que a campanha resultaria em inúmeras baixas civis e militares.