Estas medidas refletem um crescente isolamento diplomático de Israel.

Numa ação diplomática significativa, o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, anunciou que o seu país reconhecerá o Estado da Palestina em setembro, afirmando que “a solução de dois Estados é a melhor esperança da humanidade para quebrar o ciclo de violência”.

A esta iniciativa juntam-se outras formas de pressão. Mais de 100 antigos eurodeputados, incluindo o ex-alto representante Josep Borrell, exigiram à União Europeia a suspensão do acordo de associação com Israel, acusando o país de cometer um “crime de guerra” ao deixar deliberadamente a população palestiniana morrer à fome. A Liga Árabe, por sua vez, apelou à comunidade internacional para proibir a exportação de armas para Israel e para que sejam abertos processos judiciais por crimes de guerra. Numa medida concreta, a Alemanha, o segundo maior fornecedor de armas a Israel, anunciou a suspensão de todas as exportações de armamento para o país. O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, tem respondido a estas críticas acusando os aliados de Israel de incitar o antissemitismo e de recompensar o Hamas, demonstrando uma crescente dissonância entre o governo israelita e muitos dos seus parceiros tradicionais.