O futuro da governação em Gaza após o fim da guerra está a ser intensamente debatido, com a Autoridade Palestiniana a defender a criação de uma "força de estabilização" internacional. Embora o Hamas tenha demonstrado alguma flexibilidade, a viabilidade de tal força permanece incerta, dada a complexidade dos interesses regionais e a rejeição de Israel a um papel da AP. A ministra dos Negócios Estrangeiros da Autoridade Palestiniana (AP), Varsen Aghabekian, apoiou a criação de uma "missão de paz" ou "força de estabilização" em Gaza, sugerindo a participação de países como França, Egito, Turquia, Jordânia, Itália e Reino Unido, em conjunto com a ONU.
A ministra enfatizou que, no "dia seguinte à guerra", a AP deveria ser a entidade a exercer o poder político, e que o Hamas deveria depor as armas, pois "a Palestina não vai ser um Estado armado".
Fontes egípcias indicaram que o Hamas "mostrou flexibilidade" quanto à presença de forças árabes e internacionais.
No entanto, o plano enfrenta múltiplos obstáculos.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, mencionou a possibilidade de "forças árabes" assumirem a segurança, mas os Estados árabes têm afirmado que não resolverão o problema de Israel por si sós.
Além disso, um representante do Hamas, Osama Hamdan, avisou que o seu grupo trataria qualquer força do género como uma força de "ocupação" ligada a Israel.
O governo de Israel já rejeitou a opção de a AP governar Gaza, tornando o cenário pós-guerra um dos pontos mais complexos e sem solução aparente no conflito.
Em resumoA proposta de uma força internacional para Gaza enfrenta enormes obstáculos, incluindo a falta de consenso entre as partes palestinianas, a oposição de Israel e a relutância dos países árabes em policiar o enclave em nome de Israel, deixando o plano para o "dia seguinte" indefinido.