A Agência da ONU para os Refugiados Palestinianos (UNRWA) alertou que as temperaturas, entre oito e nove graus acima da média anual, representam um risco especial para a população deslocada que sobrevive em acampamentos improvisados.
Na zona costeira de Mawasi, para onde foram forçadas a deslocar-se cerca de 425.000 pessoas, as condições são extremas, com os residentes a viverem em tendas sem acesso a eletricidade ou água potável. A UNRWA sublinhou que “com a escassez de água disponível, aumenta a desidratação”, acrescentando que “não há alívio para o calor extremo” no enclave.
Mais de 88% do território está sujeito a ordens de deslocação forçada ou transformado em área militarizada pelo exército israelita.
Esta nova crise climática sobrepõe-se à já catastrófica situação humanitária, onde a população enfrenta bombardeamentos constantes, deslocações forçadas, falta de eletricidade e combustível, e uma fome generalizada. A onda de calor intensifica o sofrimento e a vulnerabilidade de uma população exausta, tornando a sobrevivência uma luta diária ainda mais difícil.














