Organizações humanitárias e as autoridades locais atribuem esta situação ao bloqueio imposto por Israel, que restringiu severamente a entrada de alimentos, medicamentos e combustível. As Nações Unidas descrevem a situação como uma "fome catastrófica", alertando que seriam necessários pelo menos 500 camiões de ajuda por dia para satisfazer as necessidades básicas da população, um número significativamente superior aos cerca de 300 que entram atualmente, segundo dados contestados. A retaliação israelita aos ataques de 7 de outubro de 2023 levou à destruição de quase todas as infraestruturas do enclave e à deslocação forçada de centenas de milhares de civis, que enfrentam agora não só a violência do conflito, mas também a ameaça iminente da fome. A ONU já tinha acusado Israel de usar a fome como arma de guerra, uma qualificação partilhada por várias organizações de direitos humanos e que motivou um processo por parte da África do Sul no Tribunal Internacional de Justiça.