Cerca de 400 mil pessoas, segundo a organização que representa muitas das famílias dos reféns, reuniram-se na chamada Praça dos Reféns, em Telavive, culminando um dia de protestos e greves em setores como o comércio e os transportes. A principal reivindicação é que o governo prioritize um acordo negociado em vez da expansão da ofensiva em Gaza.

Em resposta, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu acusou os manifestantes de minarem a posição de Israel e de fortalecerem o Hamas. Na reunião semanal do seu gabinete, Netanyahu declarou: "Aqueles que pedem hoje o fim da guerra sem uma derrota para o Hamas não apenas fortalecem a posição do Hamas e atrasam a libertação dos nossos reféns, mas também garantem que os horrores de 07 de outubro se repetirão continuamente".

Esta clivagem reflete uma tensão crescente entre a estratégia militar do governo e a angústia das famílias.

A situação é agravada pela análise de especialistas militares, que alertam que a intensificação dos combates em áreas urbanas, como a Cidade de Gaza, aumenta o risco para os reféns, lembrando que a maioria das libertações ocorreu durante o cessar-fogo anterior e que o Hamas já executou reféns quando as forças israelitas se aproximaram.