A decisão desafia a comunidade internacional e foi condenada pelo Secretário-Geral da ONU.

O controverso plano, conhecido como E1, prevê a construção de mais de três mil casas na zona entre Jerusalém e o colonato de Ma'ale Adumim. A sua implementação é vista como uma barreira física à contiguidade de um futuro Estado palestiniano, isolando Jerusalém Oriental do resto da Cisjordânia. O ministro de extrema-direita Bezalel Smotrich foi explícito quanto ao objetivo político da medida, afirmando: “Esta realidade ‘enterra’ finalmente a ideia de um Estado palestiniano, porque não há nada a ser reconhecido e ninguém para ser reconhecido”.

Esta ação ocorre num contexto em que já vivem cerca de 700.000 colonos israelitas na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, em colonatos considerados ilegais à luz do direito internacional. O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, pediu a suspensão do plano, alertando que a sua concretização resultará na "separação do norte do sul do território palestiniano da Cisjordânia".

A organização israelita Peace Now denunciou a medida, afirmando que o governo está a avançar a "todo o vapor" em direção a um abismo.

A decisão representa um desafio direto aos esforços internacionais para uma solução de dois Estados e intensifica as tensões numa região já volátil.