Os dados do Ministério da Saúde do Hamas, considerados fiáveis pela ONU, indicam que a ofensiva israelita causou 62.064 mortos e mais de 150.000 feridos.
A esta contagem somam-se as vítimas da crise de fome, com pelo menos 251 pessoas, incluindo 108 crianças, a morrerem por desnutrição. A Amnistia Internacional acusou Israel de levar a cabo uma “campanha deliberada de fome” contra a população de Gaza, uma acusação que ecoa denúncias de genocídio feitas por várias organizações e países. A situação é exacerbada por uma severa onda de calor, com temperaturas 8 a 9 graus acima da média, que afeta gravemente os mais de dois milhões de palestinianos deslocados, muitos a viver em tendas improvisadas em zonas como Mawasi, sem acesso a água potável ou eletricidade. A Agência da ONU para os Refugiados Palestinianos (UNRWA) alertou que “com a escassez de água disponível, aumenta a desidratação”.
A ajuda humanitária que entra no território é insuficiente, e os lançamentos aéreos foram criticados por agências como sendo “inseguros e ineficazes”.
A ONU já declarou o território em “situação de fome catastrófica”, descrevendo-a como o mais elevado número de vítimas de insegurança alimentar alguma vez registado pela organização.














