Aprovado definitivamente, o plano prevê a construção de milhares de novas habitações na área conhecida como E1, entre Jerusalém e o colonato de Ma'ale Adumim. Esta construção é estrategicamente crítica, pois impedirá o acesso a Jerusalém Oriental a partir da Cisjordânia e fragmentará o território palestiniano, tornando impossível a criação de um Estado contíguo. O ministro de extrema-direita Bezalel Smotrich foi explícito quanto ao objetivo: “Esta realidade ‘enterra’ finalmente a ideia de um Estado palestiniano, porque não há nada a ser reconhecido e ninguém para ser reconhecido”.
A organização israelita Peace Now denunciou a medida, afirmando que “estamos à beira de um abismo, e o Governo está a avançar a ‘todo o vapor’”.
Durante anos, a pressão internacional, temendo as consequências para a paz, conseguiu travar o projeto E1.
No entanto, a atual coligação governamental em Israel, a mais à direita da sua história, tem acelerado a aprovação de colonatos a um ritmo “sem precedentes”.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu a suspensão do plano, alertando que este resultará na separação do norte e do sul da Cisjordânia.
A decisão surge numa altura em que vários países europeus se preparam para reconhecer o Estado da Palestina, um movimento que Smotrich pretende tornar irrelevante no terreno.














