Esta escalada retórica ocorre após um sangrento conflito de 12 dias em junho, que incluiu ataques israelitas a instalações nucleares iranianas. O conflito de junho, descrito como a “Guerra dos Doze Dias”, envolveu ataques aéreos israelitas contra instalações militares e nucleares do Irão, resultando na morte de militares e cientistas.
Em retaliação, o Irão lançou mísseis e drones contra Israel e atacou uma base militar norte-americana no Qatar, antes de um cessar-fogo mediado pelos EUA.
Agora, o general Aziz Nassirzadeh afirma que as armas usadas nesse confronto eram antigas e que os novos mísseis serão utilizados se Israel “voltar a embarcar nesta aventura”. O primeiro vice-presidente iraniano, Mohammad Reza Aref, foi ainda mais direto, afirmando que o país não se encontra “numa situação de cessar-fogo, mas sim de cessação das hostilidades”, e que o confronto pode recomeçar a qualquer momento.
Esta retórica é enquadrada pela posição do Irão como líder do “eixo de resistência” contra Israel e os EUA, que inclui o Hamas, o Hezbollah e os Huthis do Iémen.
A guerra em Gaza funciona como um catalisador, aumentando a probabilidade de as tensões latentes entre Teerão e Telavive se transformarem num conflito regional aberto, com consequências imprevisíveis.














