Estas exigências sublinham a urgência de permitir o acesso humanitário em larga escala para salvar vidas e evitar uma catástrofe ainda maior. António Guterres foi claro na sua mensagem, afirmando que a situação não deve continuar impunemente e reafirmando o seu apelo: “Precisamos de um cessar-fogo imediato, da libertação imediata de todos os reféns [israelitas detidos em Gaza] e de acesso humanitário total e sem restrições”. A sua posição foi ecoada por um comunicado conjunto de quatro das mais importantes agências da ONU (UNICEF, FAO, PAM e OMS), que declararam que “um cessar-fogo imediato e o fim do conflito são cruciais para permitir uma resposta humanitária sem restrições e em larga escala, capaz de salvar vidas”. O apelo foi reforçado por líderes de outras nações, como o Presidente francês Emmanuel Macron, que alertou que a ofensiva israelita na Cidade de Gaza levaria a um "desastre" e a uma "guerra permanente" na região. A Jordânia também acusou Israel de "matar as perspetivas de paz".

Estes apelos refletem um consenso internacional crescente de que apenas o fim das hostilidades pode mitigar o sofrimento extremo da população civil e abrir caminho para uma solução política.