Relatórios indicam que a esmagadora maioria dos mortos são não-combatentes, levantando sérias questões sobre a proporcionalidade das operações militares israelitas.

Os números de vítimas civis divulgados em vários artigos pintam um quadro sombrio da situação no terreno.

Num período de poucos dias, foram reportadas 63 mortes de palestinianos, 34 num sábado e 37 durante uma única madrugada de bombardeamentos intensos. Um ataque específico no sul de Gaza resultou na morte de seis crianças e onze adultos, entre os quais um bebé de seis meses e vários irmãos menores de idade. Outros ataques atingiram uma escola e o campo de refugiados de Al Shati, causando dezenas de mortos. O número total de vítimas mortais desde o início da ofensiva ultrapassou as 62.190, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, considerados fiáveis pela ONU.

Uma investigação conjunta publicada pelo diário britânico *The Guardian* e pela revista israelita *+972* revelou que, até maio, pelo menos 83% dos mortos em Gaza eram civis.

Esta proporção, descrita como "extremamente elevada para uma guerra moderna", contrasta com as alegações de Israel de que visa apenas alvos militares. A destruição generalizada de edifícios residenciais e infraestruturas civis é uma constante, com mais de 50 estruturas residenciais atacadas na capital do enclave desde o início de agosto, resultando na morte de 87 palestinianos, de acordo com a OCHA. A violência estende-se a momentos de extrema vulnerabilidade, com múltiplos relatos de civis mortos a tiro enquanto esperavam por ajuda humanitária.