Altos funcionários do governo israelita emitiram ameaças diretas de destruição da Cidade de Gaza, intensificando a retórica bélica enquanto se preparam para uma ofensiva terrestre em larga escala. Estas declarações visam pressionar o Hamas a aceitar as condições de Israel para o fim da guerra, mas também aumentam o receio de uma devastação sem precedentes no enclave. O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, advertiu que a maior cidade do enclave poderá "transformar-se em Rafah e Beit Hanoun", áreas que foram reduzidas a escombros no início da guerra. Numa publicação na rede social X, Katz declarou de forma contundente: "As portas do inferno abrir-se-ão sobre as cabeças dos assassinos e violadores do Hamas em Gaza - até que concordem com as condições de Israel para acabar a guerra". Estas condições, reafirmadas pelo ministro, são a libertação de todos os reféns e o desarmamento completo do Hamas.
As ameaças surgem num contexto em que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu já tinha aprovado os planos militares para a tomada da cidade.
A retórica agressiva coincide com a declaração oficial de fome em Gaza por parte da ONU e com a intensificação dos bombardeamentos israelitas em várias zonas do enclave. A combinação de uma ameaça explícita de destruição total com o avanço de uma operação militar em grande escala e uma crise humanitária crescente cria um cenário de alarme máximo para a população civil, estimada em cerca de um milhão de pessoas na Cidade de Gaza, muitas das quais já deslocadas de outras áreas.
Em resumoO governo israelita intensificou a sua retórica, com o ministro da Defesa a ameaçar abertamente destruir a Cidade de Gaza e transformá-la em escombros, caso o Hamas não aceite as suas condições para um cessar-fogo. Estas declarações, feitas no contexto da preparação para uma grande ofensiva terrestre, aumentam drasticamente os receios de uma catástrofe humanitária e de uma devastação total do principal centro urbano de Gaza.