Os protestos exigem um acordo imediato para a libertação dos reféns detidos em Gaza e o fim da guerra, refletindo uma crescente insatisfação com a condução do conflito. Todos os sábados à noite, dezenas de milhares de pessoas saem às ruas, com uma manifestação em Telavive a reunir cerca de 400.000 participantes, segundo a organização que representa as famílias dos reféns. Os manifestantes, muitos dos quais chegam de comboio de todo o país, reúnem-se na chamada "Praça dos Reféns" para exigir que o governo priorize a devolução dos cerca de 50 reféns que ainda se encontram em Gaza, dos quais se estima que apenas 20 estejam vivos. A mensagem principal é que "a prioridade sejam os reféns, não a guerra".
Estes protestos são frequentemente acompanhados por greves em setores como o comércio e os transportes.
Além das manifestações em massa, familiares e amigos dos reféns também organizaram marchas perto da fronteira com Gaza para aumentar a pressão.
Há ainda registo de protestos conjuntos de israelitas e palestinianos na Cisjordânia, com o lema "Queremos mostrar que há outro caminho". O primeiro-ministro Netanyahu reagiu duramente a estas manifestações, acusando os grevistas e manifestantes de "reforçarem o Hamas" e de atrasarem a libertação dos reféns, argumentando que o fim da guerra sem a derrota do Hamas garantiria a repetição dos ataques de 7 de outubro. Esta resposta evidencia a profunda divisão na sociedade israelita e o dilema político que Netanyahu enfrenta entre a sua base de extrema-direita, que se opõe a qualquer acordo, e uma porção significativa da população que anseia pelo regresso dos reféns e pelo fim das hostilidades.












