Estes incidentes sublinham a extrema perigosidade que a população enfrenta para obter alimentos e bens essenciais, em meio a uma crise de fome declarada. Vários artigos reportam incidentes distintos em que forças israelitas abriram fogo contra multidões de civis que esperavam por camiões de ajuda.
Num dos casos, seis pessoas foram mortas enquanto aguardavam por assistência humanitária.
Noutro incidente, em Khan Younis, cinco pessoas foram mortas no Hospital Nasser quando as forças israelitas dispararam contra civis que esperavam pela distribuição de ajuda.
No total, os artigos mencionam que dezenas de palestinianos morreram nestas circunstâncias nos últimos dias.
Um palestiniano descreveu a situação de desespero: "Vim aqui hoje apenas com a minha alma na palma da mão para conseguir comida para os meus filhos".
O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, estima que, desde o início da guerra, mais de 2.000 pessoas morreram enquanto procuravam ajuda humanitária. Estes ataques ocorrem em pontos de distribuição estabelecidos por Israel para substituir o sistema da ONU, mas que se localizam em zonas militarizadas de difícil acesso, obrigando a população a percorrer longas distâncias e a enfrentar o risco de serem alvejados. A repetição destes eventos letais agrava a crise humanitária, não só por causar mortes diretas, mas também por dissuadir as pessoas de procurarem a ajuda de que necessitam desesperadamente para sobreviver, contribuindo para a fome e a desnutrição generalizadas no enclave.












