Centenas de palestinianos manifestaram-se na Cidade de Gaza em protesto contra a deslocação forçada, à medida que Israel avança com os planos para uma ofensiva terrestre em larga escala. Os manifestantes expressam a sua determinação em permanecer nas suas terras, temendo uma repetição da Nakba de 1948. Com a iminência da invasão da Cidade de Gaza, que, segundo os planos israelitas, implicará a retirada de cerca de um milhão de pessoas para o sul do enclave, centenas de residentes reuniram-se na praça Saraya, na capital, empunhando bandeiras palestinianas e cartazes com mensagens como "Não à deslocação, sim a ficarmos na nossa casa" e "Gaza está a morrer com os bombardeamentos e de fome". Mahmud Salim Abdelkarim, um jovem de 19 anos deslocado do campo de refugiados de Jabalia, afirmou: "[Protestamos] para manifestar a nossa rejeição da ocupação de Gaza e das deslocações forçadas.
Não queremos que nos enviem para o Egito ou para outro país".
Recordando as "calamidades e injustiças" sofridas na primeira deslocação, quando a sua casa foi destruída e familiares foram mortos, acrescentou: "Agora não sairemos de Gaza, aconteça o que acontecer, porque sair significa destruição e morte.
Entre morrer lá ou aqui, preferimos morrer aqui, no norte da Faixa de Gaza".
Este sentimento é partilhado por muitos que resistem a abandonar as suas casas, apesar dos intensos bombardeamentos e do avanço das tropas israelitas.
O Egito também se manifestou, afirmando que a deslocação de palestinianos é uma "linha vermelha" e que não permitirá que a sua segurança nacional seja posta em risco.
Em resumoPerante a ameaça de uma nova deslocação em massa devido à ofensiva israelita na Cidade de Gaza, os palestinianos estão a protestar, afirmando a sua recusa em abandonar as suas casas e terras. Este movimento de resistência reflete o trauma histórico da Nakba e a determinação em não aceitar o que consideram ser uma expulsão forçada, mesmo sob a ameaça de uma violência crescente.